#2 Robots para crianças? Sim!
O uso da tecnologia, em contexto escolar, é já uma prática comum. A sua utilização visa, entre outras coisas, promover o trabalho colaborativo e a interdisciplinaridade.
Depois, há o lado lúdico que se promove, bem a curiosidade que se vai aguçando.
A utilização de um robot, em sala de aula, pode ser o ponto de partida para a estimulação na resolução de problemas, desde muito cedo. Trabalhamos em equipa, planeamos, experimentamos, erramos, voltamos a pensar e a planear. E depois observamos resultados!
O aluno tem um papel verdadeiramente ativo na construção do conhecimento. Tudo isto com “as mãos na massa” – factor esse que permite à criança a relação entre o concreto e o abstracto. Sim, a robótica também permite o desenvolvimento do pensamento abstracto.
O principal objetivo do uso de robots com crianças autistas é a melhoria das competências de comunicação, interação e reconhecimento de emoções.
O robot Zeca, sigla para a expressão inglesa Zeno Engaging Children with Autism, que simula sentimentos como tristeza, alegria, surpresa e medo, é um testemunho desse objetivo. Em 2015, a investigadora Filomena Soares da Universidade do Minho e coordenadora do projeto referiu ao Jornal Público que as crianças autistas, ao interagirem com o robot Zeca, “melhoraram os níveis de resposta, envolvimento e interesse na interação". Além disso, "exibiram mais comportamentos não-verbais e tiveram um desempenho significativamente melhor nas tarefas, quer na identificação e imitação das expressões faciais como na inferência dos estados afectivos de colegas".
Aproveitamos para partilhar convosco um exemplo de trabalho com robótica, em contexto escolar, na Escola Secundária da Portela, através das palavras do professor Paulo Torcato.